quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Diferenças Regionais


A pronúncia do alfabeto no Brasil é freqüentemente tema de polêmica. Há uma música muito apropriada para abordar esse problema. Trata-se de "Forró do ABC", de Moraes Moreira e Patinhas:

No forró do A nós vamos amar
E no forró do BÊ nós vamos beber
No forró do CÊ nós vamos comer
Me depois É
E no forró do FÊ
...no forró do GUÊ...

Nessa música as letras do alfabeto são enunciadas de forma diferente em relação ao sul do país. F é chamado de FÊ, por exemplo. Não está errado, pois algumas letras têm dois "nomes".
Para reforçar, Luiz Gonzaga registrou o fato em um de seus sucessos, "ABC do Sertão", de Zé Dantas e Luiz Gonzaga. Verifique o trecho abaixo:

Lá no meu sertão pra o caboclo lê
tem que aprender novo ABC.
O J é JI, o L é LÊ
o S é SI, mas o R tem nome de RÊ....

Nessa letra temos o alfabeto como é dito no Nordeste. Essas formas estão registradas nos dicionários.
Portanto pais e educadores, especialmente do sul do país, não devem repreender crianças que mantêm a forma de pronunciar o alfabeto da sua região de origem. Elas estão absolutamente certas.

No Sul não houve preconceito quando chamavam o antigo caminhão da Fábrica Nacional de Motores de FENEMÊ. Ninguém corrigia para FNM: EFE/ENE/EME. A maneira nordestina de pronunciar o alfabeto é sem dúvida legítima.

Fonte: http://www.tvcultura.com.br/aloescola/linguaportuguesa/fonologia/leituradoalfabeto.htm

Pérolas Gramaticais

"Pérolas Gramaticais" é uma denominação comumente utilizada para designar o uso de vocábulos inadequados presentes nas construções linguísticas, os quais prejudicam a coesão das mensagens emitidas. É importante observar que tanto a fala como a escrita estão sujeitas à ocorrência desse tipo de "deslize", e que as "pérolas", muitas vezes, são proferidas por descuido (ou mesmo desconhecimento da forma correta) por parte do emissor. O leitor/ouvinte, ao se deparar com "pérolas gramaticais", pode considerá-las divertidas, fato perfeitamente explicável tendo-se em vista a incoerência que as construções apresentam. Geralmente, as pérolas são extraídas de redações de vestibular. Observe alguns exemplos:

Gostaria de informar que o período de matrícula inspirou. (expirou)
Quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe. (adrenalina)
Na Bahia há um povo muito hospitalar. (hospitaleiro)
Agora que estou informatizado, cobrarei meus direitos. (informado)
O Brasil é um país abastardo com um futuro promissório. (abastado, promissor)
O maior matrimônio do país é a Educação. (patrimônio)
Os índios eram muito atrasados, mas com o tempo foram se sifilizando. (civilizando)
A vida é um conto de fábulas. (fadas)
Tiradentes, depois de morto, foi decapitulado. (decapitado)
A capital de Portugal é Luiz Boa. (Lisboa)

Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/perolas

Museu da Língua Portuguesa abre primeira exposição de um autor português com Fernando Pessoa


O Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, abriu nesta terça-feira (24) ao público a primeira exposição que tem como tema um autor português. Depois de homenagear grandes nomes da literatura nacional, como Guimarães Rosa, Clarice Lispector e Machado de Assis, Fernando Pessoa, Plural Como o Universo mostra diversas facetas daquele que foi um maiores poetas do século XX.

“Nosso propósito básico é levar Fernando Pessoa à vida do cidadão que não o conhece, e que portanto encontrará um linguagem acessível. E também àqueles que já estão familiarizados com seus versos, que terão a chance de descobrir aspectos e conceitos novos”, diz um dos curadores, Carlos Felipe Moisés.

Além dos conhecidos heterônimos de Fernando Pessoa: Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos, estão expostos poemas de outros menos conhecidos, como o Barão de Teive, o prosador suicida. Na exposição estão também algumas raridades, como a primeira edição do livro Mensagem, único publicado pelo poeta em vida, e os dois números da revista Orpheu, marco inicial do modernismo em Portugal.

O mar está presente em todas as salas da mostra – diferentes tons de azul da água e do céu remetem o visitante à época das grandes navegações e dos descobrimentos. Figuras que representam o casario de Lisboa também estão espalhadas pelas salas da exposição. “A ideia é sugerir viagens mentais e espirituais, em torno das ruas de Lisboa, das aventuras dos heterônimos e de Pessoa”, ressalta o cenógrafo Hélio Eichbauer.

No primeiro dia aberto ao público, os estudantes foram os principais visitantes da mostra. Felipe Guimarães, que está no ensino fundamental, ficou entusiasmado com os recursos tecnológicos utilizados na exposição. “Gostei de ver as poesias sendo escritas em cima da praia”, diz, se referindo a projeção dos versos de Fernando Pessoa sobre um cenário que imita a areia. 

Fonte: Correio Braziliense - http://www.correiobraziliense.com.br