sábado, 18 de dezembro de 2010

Por Fernando Pessoa:

"Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso."

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Diferenças Regionais


A pronúncia do alfabeto no Brasil é freqüentemente tema de polêmica. Há uma música muito apropriada para abordar esse problema. Trata-se de "Forró do ABC", de Moraes Moreira e Patinhas:

No forró do A nós vamos amar
E no forró do BÊ nós vamos beber
No forró do CÊ nós vamos comer
Me depois É
E no forró do FÊ
...no forró do GUÊ...

Nessa música as letras do alfabeto são enunciadas de forma diferente em relação ao sul do país. F é chamado de FÊ, por exemplo. Não está errado, pois algumas letras têm dois "nomes".
Para reforçar, Luiz Gonzaga registrou o fato em um de seus sucessos, "ABC do Sertão", de Zé Dantas e Luiz Gonzaga. Verifique o trecho abaixo:

Lá no meu sertão pra o caboclo lê
tem que aprender novo ABC.
O J é JI, o L é LÊ
o S é SI, mas o R tem nome de RÊ....

Nessa letra temos o alfabeto como é dito no Nordeste. Essas formas estão registradas nos dicionários.
Portanto pais e educadores, especialmente do sul do país, não devem repreender crianças que mantêm a forma de pronunciar o alfabeto da sua região de origem. Elas estão absolutamente certas.

No Sul não houve preconceito quando chamavam o antigo caminhão da Fábrica Nacional de Motores de FENEMÊ. Ninguém corrigia para FNM: EFE/ENE/EME. A maneira nordestina de pronunciar o alfabeto é sem dúvida legítima.

Fonte: http://www.tvcultura.com.br/aloescola/linguaportuguesa/fonologia/leituradoalfabeto.htm

Pérolas Gramaticais

"Pérolas Gramaticais" é uma denominação comumente utilizada para designar o uso de vocábulos inadequados presentes nas construções linguísticas, os quais prejudicam a coesão das mensagens emitidas. É importante observar que tanto a fala como a escrita estão sujeitas à ocorrência desse tipo de "deslize", e que as "pérolas", muitas vezes, são proferidas por descuido (ou mesmo desconhecimento da forma correta) por parte do emissor. O leitor/ouvinte, ao se deparar com "pérolas gramaticais", pode considerá-las divertidas, fato perfeitamente explicável tendo-se em vista a incoerência que as construções apresentam. Geralmente, as pérolas são extraídas de redações de vestibular. Observe alguns exemplos:

Gostaria de informar que o período de matrícula inspirou. (expirou)
Quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe. (adrenalina)
Na Bahia há um povo muito hospitalar. (hospitaleiro)
Agora que estou informatizado, cobrarei meus direitos. (informado)
O Brasil é um país abastardo com um futuro promissório. (abastado, promissor)
O maior matrimônio do país é a Educação. (patrimônio)
Os índios eram muito atrasados, mas com o tempo foram se sifilizando. (civilizando)
A vida é um conto de fábulas. (fadas)
Tiradentes, depois de morto, foi decapitulado. (decapitado)
A capital de Portugal é Luiz Boa. (Lisboa)

Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/perolas

Museu da Língua Portuguesa abre primeira exposição de um autor português com Fernando Pessoa


O Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, abriu nesta terça-feira (24) ao público a primeira exposição que tem como tema um autor português. Depois de homenagear grandes nomes da literatura nacional, como Guimarães Rosa, Clarice Lispector e Machado de Assis, Fernando Pessoa, Plural Como o Universo mostra diversas facetas daquele que foi um maiores poetas do século XX.

“Nosso propósito básico é levar Fernando Pessoa à vida do cidadão que não o conhece, e que portanto encontrará um linguagem acessível. E também àqueles que já estão familiarizados com seus versos, que terão a chance de descobrir aspectos e conceitos novos”, diz um dos curadores, Carlos Felipe Moisés.

Além dos conhecidos heterônimos de Fernando Pessoa: Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos, estão expostos poemas de outros menos conhecidos, como o Barão de Teive, o prosador suicida. Na exposição estão também algumas raridades, como a primeira edição do livro Mensagem, único publicado pelo poeta em vida, e os dois números da revista Orpheu, marco inicial do modernismo em Portugal.

O mar está presente em todas as salas da mostra – diferentes tons de azul da água e do céu remetem o visitante à época das grandes navegações e dos descobrimentos. Figuras que representam o casario de Lisboa também estão espalhadas pelas salas da exposição. “A ideia é sugerir viagens mentais e espirituais, em torno das ruas de Lisboa, das aventuras dos heterônimos e de Pessoa”, ressalta o cenógrafo Hélio Eichbauer.

No primeiro dia aberto ao público, os estudantes foram os principais visitantes da mostra. Felipe Guimarães, que está no ensino fundamental, ficou entusiasmado com os recursos tecnológicos utilizados na exposição. “Gostei de ver as poesias sendo escritas em cima da praia”, diz, se referindo a projeção dos versos de Fernando Pessoa sobre um cenário que imita a areia. 

Fonte: Correio Braziliense - http://www.correiobraziliense.com.br

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Avaliação do curso

O curso de introdução à educação digital possibilitou adquirir informações sobre as novas tecnologias e como aproveitar a mídia digital para trabalhar com alunos e com as diversas informações.

Porém, em face do curso ter sido realizado em pouco tempo cumulado com a falta de experiência no manuseiso do computador e da internet, não foi possível um máximo aproveitamento.

No entanto, a partir de agora será possível continuar o treinamento em nossas casas e assim aperfeiçoar o manuseio das novas tecnologias, tanto na vida pessoal como na profissional.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Saber viver - Cora Coralina

Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Tecnologia


O texto - aquela composição escrita ou falada, que nasceu juntamente com a invenção da linguagem - segue sendo o mesmo. Nossa relação com ele, não. Em suas pesquisas, o historiador da leitura Roger Chartier afirma que o suporte material (papel, áudio, vídeo ou formato digital) exerce influência na relação que estabelecemos com o texto. Nesse sentido, blogs, fotologs e podcasts são novos gêneros, com características próprias. É possível, por exemplo, relacionar links para que o leitor tenha a liberdade de seguir diferentes caminhos - é o chamado hipertexto. Cada vez mais, a turma vai precisar conhecer esses aspectos. A boa notícia é que trabalhos recentes como o do professor Jorge Luiz Marques de Moraes, um dos ganhadores do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10 em 2008 (leia a reportagem na página 64), mostram que dá, sim, para conjugar o aprendizado de novos gêneros (no caso dele, o podcast) com conteúdos tradicionais (a comunicação oral).

Além de gerar novas demandas, as ferramentas digitais modificam procedimentos consagrados na disciplina. O exemplo mais significativo diz respeito à edição e revisão de textos. Em processadores como o Word, a verificação ortográfica é muito facilitada. "O professor pode deixar o corretor ortográfico ligado para que os estudantes tentem resolver, com autonomia, alguns dos erros - o que não o isenta de seguir ensinando ortografia", aponta Cláudio Bazzoni, assessor da prefeitura de São Paulo e selecionador do Prêmio. Em termos de organização textual, a vantagem é poder mudar de lugar, ampliar, cortar e eliminar frases e parágrafos, experimentando novas soluções para a composição sem precisar escrever tudo de novo a cada nova versão.

A informática também pode ajudar no trabalho com gêneros textuais. Na Escola da Vila, na capital paulista, a professora Andressa Mille Fernandes propôs à turma do 4º ano a construção de um informativo sobre o ciclo da água, um conteúdo que já havia sido tratado nas aulas de Ciências. Depois de planejar o texto, decidir o destinatário, selecionar as informações e escrever, as crianças foram para o computador fazer títulos e quadros e escolher fontes e cores. Assim, tanto a forma como o conteúdo da produção se aproximaram ainda mais dos exemplos de jornais, aprofundando a caracterização do gênero estudado.

video aula de português

este vídeo serve para a turma do 1°ano do ensino médio  como  uma retomada do conteúdo estudado nas séries anteriores

"A Internet nos ajuda, mas ela sozinha não dá conta da complexidade do aprender"

A afirmação é do professor José Manuel Moran. Ele fala sobre o uso da Internet na educação, fundamentado seu pensamento na "interação humana", de forma colaborativa, entre alunos e professores.  

José Manuel Moran é um dos maiores especialistas brasileiros no uso da Internet em sala de aula. Para ele a  tecnologia é tão-somente um "grande apoio", uma âncora, indispensável à embarcação, mas não é ela que a faz flutuar ou evita o naufrágio. "A Internet traz saídas e levanta problemas, como por exemplo, saber de que maneira gerenciar essa grande quantidade de informação com qualidade", insiste. 

A questão fundamental prevalece sendo "interação humana", de forma colaborativa, entre alunos e professores. Continua a caber ao professor dois papéis: "ajudar na aprendizagem de conteúdos e ser um elo para uma compreensão maior da vida". Se o horizonte é o mesmo, os ventos mudaram de direção. É preciso ajustar as velas e olhar mais uma vez a bússola. E José Manuel Moran foi traçar rotas em mares nunca dantes navegados. A novidade é que "hoje temos a possibilidade de os alunos participarem de ambientes virtuais de aprendizagem". O grande desafio é "motivá-los a continuar aprendendo quando não estão em sala de aula". 

Os educadores que não quiserem se lançar ao mar, muito apegados à terra firme, poderão ficar a ver navios. Mas não há mais porto seguro: o oceano de informações que a Internet disponibiliza aos alunos obrigará os professores a se atualizar constantemente e a se preparar para lidar com as múltiplas interpretações da realidade. 

Para ler entrevista que Moran concedeu para o Portal Educacional clique aqui.
 

Escola e tecnologia - a educação no futuro

Como meio de comunicação, a internet contribui para interligar pessoas no mundo todo, possibilitando discussões sobre os mais diferentes assuntos. Diminui distâncias de tempo e espaço e reduz consideravelmente o custo em relação ao telefone ou quaisquer outros meios conhecidos. A internet não pode ser apenas apresentada como uma grande fonte de dados sobre os mais diversos assuntos, sem que se perceba que se transformou também em modo de produzir conhecimento. É a partir desta clareza que se devem estabelecer os paradigmas e conteúdos da educação do futuro. A capacidade de aprendizado e de assimilação poderá ser bastante elevada e estimulada, a partir de exemplos concretos, mas virtuais; a internet será o palco de intercâmbio entre escolas (alunos e professores) de todo o mundo.

Leia o texto na íntegra aqui

Como utilizar a internet na Educação - José Manuel Moran

No artigo "Como utilizar a internet na Educação" o autor relata e analisa suas experiências pessoais e institucionais que utilizavam a Internet na educação presencial, em pesquisa, apoio ao ensino e como comunicação. O autor também avalia os avanços e problemas que podem ser trazidos por esta tecnologia e mostra que atualmente a Internet pode ser mais eficaz quando inserida em processos de ensino-aprendizagem e de comunicação, pois na era digital, como estão definindo a atualidade, não pode se pensar o ensino sem a utilização dos meios digitais, eis que estes integram as dimensões pessoais, comunitárias e educacionais.

Planejamento de aula

Em virtude do curso que nós professores estamos fazendo, nos foi solicitado o planejamento de uma aula utilizando o "calc". Assim resolvi desenvolver um trabalho de sensibilização e tomada de consciência quanto à importância de criar no aluno o hábito da leitura. Para isso a turma da 2ª série do Ensino Médio deverá ler e fazer fichas de leitura de um romance e um livro infantil a cada quinze dias e apresentar o trabalho oralmente (com utilização de slides) aos demais colegas. Ao final do trimestre cada aluno fará sua planilha de cálculo para verificar o número de livros lidos, e quais as preferências deles. Além de desenvolver o hábito da leitura, também será proporcionado ao aluno a oportunidade de trabalhar com planilha de cálculo e confecção de trabalhos no "impress" com a apresentação das fichas de leitura através de slides. Acredito que cabe a nós professores repassarmos aos alunos o gosto pela leitura, mas também a utilização das tecnologias disponíveis e que hoje já estão presentes na rotina das escolas. Estou bastante ansiosa para descobrir como será o final deste trabalho.

terça-feira, 29 de junho de 2010

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Recadinho...


O monge e o escorpião

"Monge e discípulos iam por um estrada e, 
quando passavam por uma ponte, 
viram um escorpião sendo arrastado pelas águas.

O monge correu pela margem do rio, 
meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. 
Quando o trazia para fora, o bichinho o picou e, 
devido a dor, o homem deixou-o cair novamente no rio.

Foi então à margem tomou um ramo de árvore, 
adiantou-se outra vez a correr pela margem, 
entrou no rio, colheu o escorpião e o salvou.

Voltou o monge e juntou-se aos discípulos na estrada.
Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos.

- Mestre deve estar doendo muito! 
Porque foi salvar esse bicho ruim e venenoso? 
Que se afogasse! Seria um a menos! 
Veja como ele respondeu à sua ajuda! 
Picou a mão que o salvara! Não merecia sua compaixão!

O monge ouviu tranqüilamente os comentários e respondeu:
- "Ele agiu conforme sua natureza e eu de acordo com a minha."

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Sobre a Gramática

          A Gramática tem como finalidade orientar e regular o uso da língua, estabelecendo um padrão de escrita e de fala. Em se tratando de Gramática, tem-se como matéria-prima um sistema de normas, o qual dá estrutura à língua. Tais normas definem a língua padrão, também chamada língua culta ou norma culta. Assim, para falar e escrever corretamente, é preciso estudar a Gramática.
         Por ser um organismo vivo, a língua está sempre evoluindo, o que muitas vezes resulta num distanciamento entre o que se usa efetivamente e o que fixam as normas. Isso não justifica, porém, o descaso com a Gramática. Imprecisa ou não, existe uma norma culta, a qual deve ser conhecida e aplicada por todos.
         Quem desconhece a norma culta acaba tendo acesso limitado às obras literárias, artigos de jornal, discursos políticos, obras teóricas e científicas, enfim, a todo um patrimônio cultural acumulado durante séculos pela humanidade.
 
Tipos de Gramática
1. Gramática Normativa
É aquela que busca a padronização da língua, estabelecendo as normas do falar e escrever corretamente. Costuma ser utilizada em sala de aula e em livros didáticos. É também o tipo adotado no Só Português.
2. Gramática Descritiva
Ocupa-se da descrição dos fatos da língua, com o objetivo de investigá-los e não de estabelecer o que é certo ou errado. Enfatiza o uso oral da língua e suas variações.
3. Gramática Histórica
Estuda a origem e a evolução histórica de uma língua.
4. Gramática Comparativa
Dedica-se ao estudo comparado de uma família de línguas. O Português, por exemplo, faz parte da Gramática Comparativa das línguas românicas.

Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/gramatica/

domingo, 6 de junho de 2010

Soneto da Fidelidade - Vinícius de Morais

De tudo, meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor ( que tive ) :
Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure.

sábado, 5 de junho de 2010

Criei este blog para o curso de "Introdução a Educação Digital". Na sociedade informacional o professor deve estar inserido e atualizado com as novas tecnologias. Bem-vindos!!! Edite